Muito se fala, muito se especula, mas você sabe o que é estresse, suas possíveis causas e consequências?
Pois bem, estresse (stress, em inglês), é uma palavra derivada do latim stringere, que significa estreitar. Durante o século XVII ganhou conotação de “adversidade” ou “aflição”. No final do século seguinte seu uso evoluiu para expressar “força”, “pressão” ou “esforço”. Pode-se definir estresse como um conjunto de reações fisiológicas necessárias para a adaptação a novas situações.
Certamente você já ouviu alguém falar que está estressado
A popularização do termo estresse levou a um vínculo entre trabalho e saúde/doença psíquica muitas vezes qualificando um estado de irritabilidade ou um quadro de depressão. Sua primeira definição foi feita pelo austríaco-canadense Hans Selye, em 1936, que o conceituou como qualquer adaptação requerida à pessoa.
A forma mais comum que conhecemos de estresse é o de ‘estar sob pressão’ ou ‘estar sob a ação ou estímulo persistente’, entendendo que esses estímulos são capazes de provocar num organismo um complexo conjunto de respostas orgânicas, sejam elas fisiológicas, mentais, psicológicas ou comportamentais, definidas como estresse.
Selye dividiu os sintomas de estresse em 3 fases: alarme, resistência e esgotamento. Quando o organismo chega ao ponto do esgotamento, o aparecimento de doenças como úlcera, hipertensão, diabetes, depressão, dentre outras, pode ocorrer.
Trabalho pode causar estresse
Trabalhar demais, cumprir metas e prazos, ter um chefe autoritário, não gostar do que faz, não se sentir bem no ambiente de trabalho são algumas questões que num período de tempo prolongado pode levar a uma Síndrome de Burnout, que é uma doença característica do estresse do trabalho.
Estresse pode ser adaptativo
Há quem o confunda com a ansiedade. Na realidade a ansiedade pode ser considerada como um dos seus componentes psíquicos, juntamente com o medo, pânico, apreensão, angústia e desespero.
O estresse não implica, obrigatoriamente, numa alteração patológica. Em alguns momentos, ele contribui para a adaptação e, sem nenhuma dúvida, tem boa parcela de responsabilidade na sobrevivência das espécies, incluindo a nossa.
Estresse pode ser bom!
Existem situações boas que podem causar estresse. Todas as grandes mudanças que passamos na vida são situações estressantes, mesmo quando estão nos fazendo felizes como viver junto com alguém que se ama ou o nascimento de filhos desejados e amados.
Consequências do estresse
O estresse é uma defesa natural do organismo. Porém, quando se torna constante pode afetar o corpo nos sistemas imunológico, endócrino, nervoso e principalmente no comportamento do dia-a-dia. O indivíduo começa a enfrentar o estado de esgotamento e as consequências começarão a surgir tais como aumento da pressão arterial, dores em geral (musculares, nas costas, na região cervical), alterações de pele, ganho ou perda de peso, unhas fracas, queda de cabelo, dificuldade de pegar no sono, etc. Daí a importância de a pessoa estar alerta para os sinais que o corpo registra. O corpo fala!
Como a psicologia pode ajudar
A psicologia pode ajudar na identificação do que está deixando o sujeito estressado, ajudando no entendimento de comportamentos e experiências e reconhecendo, dentro da subjetividade de cada um, o que pode ser feito para melhorar, prevenir ou ser adaptado.