Público alvo: adultos, idosos e familiares de idosos dependentes
O envelhecimento da população brasileira está requerendo uma nova visão para as famílias e para os cuidadores por parte do poder público. Mas, enquanto isso não chega, a população vai dando um jeitinho adotando posturas compensatórias para se adequar à sua realidade. Nesse caso, é importante salientar ao cuidador familiar que deve procurar ajuda e aconselhamento psicológicos para não se perder no caminho.
O que são idosos dependentes? São aqueles que já estão passando por processos de declínio cognitivo ou que passam por alguma doença crônica que dificultam suas atividades diárias (AVD’s) e instrumentais da vida diária (AIVD’s) como tomar banho, ir ao banheiro, escolher as próprias roupas, elaborar as refeições, fazer compras, pagar contas, etc
No Brasil, por causas predominantemente culturais, a mulher é a grande cuidadora de idosos sendo essa a expectativa da sociedade, tornando-se uma cuidadora familiar informal seja por ser cônjuge, por ser filha ou por conviver junto com o idoso. E, por motivos como custos de assistência hospitalar e institucional a tendência é que os idosos incapacitados permaneçam em casa sob os cuidados da família.
Com a perda de autonomia e independência de um idoso na família, desenvolve-se um processo de reorganização familiar onde alguém assumirá tarefas que envolvem desde afeto até finanças, dentre outras, pois alguém assumirá as funções de cuidador, muitas vezes sem a preparação e o conhecimento adequados ou o suporte para tal papel.
Pesquisas demonstram que cuidadores sem nenhum tipo de ajuda psicológica desenvolvem doenças pela sobrecarga física e emocional. Muitas vezes são idosos na faixa de 60 a 80 anos que cuidam de outros idosos o que coloca em risco sua capacidade funcional além de desenvolvem dores lombares, depressão, transtornos de ansiedade, pressão alta, artrite, reumatismo, problemas cardíacos e diabetes.