Medos

Quantos medos podem caber dentro de uma pessoa, de um casal, de uma família, numa sociedade, numa sala de aula, tudo junto e misturado?

Sentir medo é uma condição de preservação diante de perigos reais. Ele nos alerta de ameaças e o que fazer.

Quem já adulto não sentiu medo em vários momentos da sua existência – seja de ficar doente, da violência, de morrer, da solidão, de fracassar, de se mostrar frágil, de envelhecer, de multidão, de lugares fechados, de sair do emprego e tantos outros -, são situações distintas mas que têm o medo em comum, que tanto podem levar a ações elevadas como podem se tornar destrutivas, paralisando as pessoas e comprometendo relações.

Quando o medo toma conta da consciência impedindo o raciocínio é hora de procurar ajuda terapêutica. O medo como condição psicológica está dissociado de condições reais. Pode surgir como um desconforto, uma preocupação, um nervosismo e a mente que não esteja no presente mas a antecipar o que poderá acontecer encontra-se no futuro, em desequilíbrio,  gerando ansiedade e angustias que podem levar uma pessoa a perder contato com o momento do agora, do momento presente.

O medo pode acontecer a qualquer momento em qualquer idade. O medo do desconhecido que congela ações enriquecedoras e apaga a ilusão do super herói salvador. O medo que no escuro faz aparecerem figuras horrendas mas no acender das luzes tudo passa.

Na correria do dia a dia o tempo parece ficar escasso. Os planejamentos são frequentes criando um vácuo entre o presente e o futuro. São os momentos do eu preciso de…, eu tenho que…, e quase nada é realizado. Esse comportamento pode contribuir para adoecimentos e transtornos diversos.

A modernidade, principalmente em grandes cidades, tornou-se exemplo de preocupações e eficiência, gerando um desgaste nos relacionamentos afetivos e uma falta de contato com as sensações e emoções. Os papéis desenvolvidos em novelas e filmes servem de modelo, impactando na criatividade e na ousadia, robotizando e afastando pessoas da vida real. Daí para um quadro de ansiedade, pânico e depressão é um pulo.

Como a psicologia pode ajudar?

Por medo antecipado de uma nova experiência, o indivíduo corta um processo natural de experimentar e sentir novos elementos que serão essenciais para seu desenvolvimento recorrendo ao mesmo comportamento.

O psicólogo pode ajudar oferecendo suporte na reconstrução, no fortalecimento e no equilíbrio do sujeito com o meio, promovendo crescimento e desenvolvimento das experiências de vida.

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